terça-feira, novembro 22, 2011

As nuvens negras
Sobrevoando minha cabeça
E o céu escurecendo rapidamente
O som ensurdecedor
Do vento nas venezianas
Empurrando-me para fora
Do décimo quinto andar
Lá em baixo no asfalto
O ónibus verde e branco
Passa buzinando
Para chamar atenção
Eu sem saber o que fazer
Vou para o quarto escuro
Fugir do dia macabro
E deixa-lo passar
Até que o dia alegre volte
E eu possa sair
E sentir 
O calor do sol
Aquecendo meu corpo frio
Visões que avisto
Da sacada do décimo quinto andar
Não vou andar
Vou ficar parado
E observar
Uma gota de água
Cai sobre a minha mão
A chuva começa a cair
Fecho a janela
Deixo a natureza lá fora
E com o vidro embaçado
Fico a olhar
Raios e trovões
Assustadores
Penso que o mundo
Vai acabar
Mas, uma voz dentro de mim diz:
Que nada
Logo, logo tudo vai passar
Pois, tudo passa
É só esperar
ABittar
poetadosgrilos