sábado, fevereiro 20, 2010

Assim, de repente...

Assim, de repente
Penso na poesia
Que ficou para trás
Que já fiz e corre por ai
Sem eu saber
Onde foi parar
Que olhos a leram
E quantos a deletaram
A um toque
Na tecla “delete”
Sem nem
Ao menos ler
Sem nem
Ao menos
Tentar entender
O que me levou
A escrever
Tudo bem
Cada um
É cada um
Bola para frente
E eu continuo
A escrever
A tarde nublada
E abafada
Cheia de calor
Um ar morno
Circula de leve
Esquentando a cuca
De quem já
Está de cuca quente
Paro, penso
Na frase seguinte
E sigo teclando
A porta se abre
É você
Eu olho
Fico feliz
Em lhe ver
Suada e cansada
De tanto andar
Mas pelo seu rosto
Seu sorriso
Seu olhar
Você está feliz
E isso
É o que importa
Você fecha a porta
Joga as sacolas
De presentes
No chão
Corre para os meus braços
Me beija me abraça
E a tarde fica linda
Tudo mudou
Até o ar melhorou
Você é incrível
E tem o dom
De me fazer feliz
ABittar
poetadosgrilos

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